quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pivot

Os pivots são desenhos gráficos que podem representar reversões na movimentação dos preços. Por isso é de suma importância que o analista gráfico saiba identifica-los e opera-los com precisão.

Normalmente o rompimento do pivot de alta é um bom ponto de compra e o rompimento do pivot de baixa é um ponto de venda.

Pivot de alta
  • O pivot de alta é composto por 3 pontos.
  • O ponto 1 é o primeiro fundo formado.
  • A partir dele ocorre um movimento de alta onde aparece a formação de um topo. (ponto 2)
  • Depois acontece uma correção de preços que forma um segundo fundo obrigatóriamente em um nível mais alto que o fundo 1 retornando o movimento de alta.
  • Este segundo movimento de alta deve superar o topo (2).
  • Esta nova alta é a confirmação do pivot de alta ou rompimento do pivot de alta.






Pivot de baixa


  • O pivot de baixa é composto por 3 pontos.

  • O ponto 1 é o primeiro topo formado.

  • A partir dele ocorre um movimento de baixa e aparece a formação de um fundo. (ponto 2).

  • Depois acontece uma alta de preços que forma um segundo topo obrigatóriamente em um nível mais baixo que o topo 1 retornando o movimento de queda.

  • Este segundo movimento de queda deve vir abaixo do fundo (2).

  • Esta nova queda é a confirmação do pivot de baixa ou rompimento do pivot de baixa.



Leia também: Topos e fundos e Linhas de tendências.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Linhas de tendência

Linhas de tendência são linhas formadas pela ligação dos pontos máximos ou mínimos no gráfico em determinado intervalo de tempo.
No caso de tendências de alta, temos as ligações dos pontos mínimos consecutivos formando uma linha de tendência de alta (LTA) e no caso das tendências de queda temos a ligação dos máximos consecutivos formando as linhas de tendência de baixa (LTB).




As linhas de tendência são usadas principalmente para definir a tendência em questão, e por outro lado, o rompimento da linha representa uma mudança de comportamento do mercado, podendo indicar uma reversão de trajetória de movimento.
Podemos dizer que quanto maior intervalo de tempo representado pela linha de tendência e quanto maior o número de pontos que a linha toca no gráfico, mais confiável será a tendência representada por ela.
Outra utilidade interessante da linha de tendência é o de podermos fazer um prolongamento de sua extremidade, com objetivo de projetar novos pontos de toques futuros e assim planejar operações de compra ou de venda nestes determinados pontos.

leia também os artigos: Suportes e resistências , topos e fundos e Teoria de DOW

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Topos e fundos

Os movimentos de alta e de baixa do mercado não acontecem de forma retilinea e constante.
Eles vêm em uma alternância de direção que formam pontos de retorno.
Topos e fundos de forma simplificada são pontos onde ocorre uma mudança de direção nos movimentos dos preços.
No caso de um movimento de alta composto por duas ou mais barras em determinado período no gráfico, ocorre um topo quando os preços param de subir, marcando um ponto máximo e retornam na direção da queda.
Já no caso de um movimento de queda ocorre o inverso, com os preços marcando um fundo ou ponto mínimo e revertendo o movimento para alta.

Apenas pelo que foi descrito até agora, já podemos imaginar que dependendo da estratégia de operação escolhida, fundos são bons pontos de compra e topos são bons pontos de vendas de ativos.

Falaremos mais disso quando estivermos discutindo estratégias de operações em outros artigos mais adiante.

Segue o gráfico ilustrando o conceito.



Leiam também suportes e resistências e Teoria de DOW

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Código das ações

Outra preocupação dos iniciantes é quanto aos códigos das ações ou ativos e suas representações.
Este é um tema que não requer muita preocupação, pois em um breve tempo de contato com o mercado o investidor novato já vai pegar o “espírito da coisa” e estará habituado com o padrão
dos códigos.

Em via de regra, os códigos dos ativos no mercado a vista são representados por 4 letras e uma seqüência de 2 algarismos numéricos que variam de 1 a 13.

Vou me preocupar aqui em esclarecer apenas os códigos mais utilizados e apenas do mercado a vista, pra não confundir mais do que ajudar, mostrando códigos de subscrições, mercado de opções, que não devem ser de convivência da maioria dos iniciantes na bolsa.

Os principais ativos que serão negociados por quem está começando no mercado são os terminados em 4 ou em 3.
Os terminados em 4, representam as ações PN que são as preferenciais e dão direito a dividendos. (EX: PETR4, preferenciais da Petrobrás). Já as terminadas em 3 são às ON, ou ordinárias, que dão direito a voto. (EX: CSNA3, ordinárias da siderúrgica nacional).

Além destas, podemos destacar algumas preferenciais tipo as classe A. Em geral classe preferencial trás alguma diferencças em relação privilégios. (EX: VALE5, Preferenciais classe A da Companhia Vale).

Outra representação que vai ser muito encontrada é a terminada em 11. Estes são os casos das UNITs, ou BDR, que representam na maioria das vezes aspéctos tanto das ON quanto das PN combinados.


Caso encontre um código de 4 letras + F, o ativo em questão se refere ao mercado fracionário. EX: PETR4F (Ativo petrobrás PN negociado no mercado fracionário).


Os ativos são negociados no mercado a vista em lotes padrões, que na maioria das vezes são de 100 ações por vez. Caso se queira negociar menos pepéis que o lote padrão, devemos usar a representação acima.

Leiam também os artigos: Como iniciar? e Conceitos básicos do mercado.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Como iniciar ?

Este artigo visa ajudar aqueles que querem começar a investir na bolsa de valores mas não sabe ainda o que fazer pra dar o pontapé inicial.

Para começar a investir por conta própria em renda variável através do Home Broker, o primeiro passo é abrir conta em uma boa corretora.

Pra escolher a corretora,você deve procurar saber sobre a confiabilidade dela no mercado, além da taxa de corretagem cobrada, a plataforma gráfica e a estabilidade do Home Broker. Nestes casos, sempre é bom conversar com alguém que já opera pela corretora e também consultar sites como o da CVM por exemplo.


Quanto à taxa de corretagem é preciso saber além do valor, se a corretora cobra taxa de corretagem fixa ou variável.

A taxa de corretagem é cobrada a cada operação de compra ou de venda de ativos.

Logo, se o investidor tem uma quantia menor pra aplicar, pode ser mais vantajoso optar pela taxa variável, pois esta será um valor proporcional à quantia movimentada.

Já nas operações com montante maior de dinheiro, é melhor fazer a operação por uma corretora que cobre taxa fixa que normalmente não passa de R$ 20,00 por operação.

Para exemplificar, digamos que você tenha R$ 4.000,00 pra aplicar.

Se você fizer uma operação de compra e venda, irá gastar R$ 20,00 na compra e R$ 20,00 na venda, totalizando R$ 40,00. Logo, você vai gastar 1% do valor da operação apenas com taxa de corretagem. Neste caso a corretagem variável fatalmente seria mehor.

Por outro lado, vamos imaginar que estejamos fazendo uma operação de R$ 40.000,00. Neste caso iríamos gastar os mesmos R$ 40,00 de corretagem fixa, mas agora ela irá representar apenas 0,1% da operação.



Uma ótima opção pra quem quer se familiarizar com o mercado antes de começar a colocar seu dinheiro, é se cadastrar no EMAÇÃO.

O EMAÇÃO é um simulador da bolsa de valores que funciona apenas com 15 minutos de atraso em relação à bovespa, simulando a variação real dos ativos onde você faz um cadastro simples e opera com dinheiro virtual.


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Suportes e resistências

Suportes e resistências são zonas de preços nas quais o movimento atual do mercado tem grandes chances de parar temporariamente ou até mesmo e reverter.
Suporte: Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a pressão vendedora tendendo a parar o movimento de queda.

Resistência: Região na qual o interesse de vender é grande em função de consenso de que determinado ativo está caro, superando a pressão compradora, o movimento de alta tende a parar.

Em uma alta, conforme os preços aumentam, as ações vão ficando naturalmente mais caras e menos compradores estarão disponíveis a pagar determinado preço. Por outro lado, quem já tem o ativo tenderá a vende-lo para embolsar os lucros. Neste cenário, a oferta de vendas irá aumentar iniciando uma queda nos preços.


Com o passar do tempo, os operadores de mercado mesmo que inconscientemente, memorizam estes níveis em que no passado ocorreu uma reversão nos preços e tendem a repetir as mesmas atitudes de compra ou de venda naqueles pontos, gerando suportes e resistências cada vez mais "fortes".


Existe um princípio que é chamado de "princípio da inversão."


Este princípio diz que quando uma resistência é rompida ela passa a funcionar como um suporte para os preços, e de maneira análoga, quando um suporte é rompido pra baixo ele passa a funcionar como uma nova resistência.


É importante salientar que suportes e resistências não são números exatos, mas sim regiões nas quais tende a ocorrer reversões.

Vejam no gráfico do Bradesco abaixo, como a região de 29,00 é uma resistência testada por duas vezes, a região de 22,00/22,50 é uma região de suporte e temos um outro próximo de 19,00.

De forma bastante simplifcada, 19,00 e 22,00 seriam possíveis pontos de compra do ativo e 29,00 um ponto de venda.

Leia também Teoria de DOW

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A teoria de Dow


A Teoria de Dow é uma teoria que aborda a movimentação dos preços de ações e fornece uma base técnica para sua análise.
Charles Dow formulou em 1884 esta teoria que é a base da Análise técnica moderna.

A teoria de Dow é basicamente constituída de 6 princípios a seguir:

1. Os índices descontam tudo.

Todos os possíveis fatores que afetam a cotação dos preços dos ativos (ações) são descontados por esses índices que consideram todas as notícias, resultados contábeis e financeiros etc.
Dow foi o primeiro a considerar que o preço dos ativos nada mais é do que um consenso momentâneo de todos que compõem o mercado. De especuladores a investidores, de amadores a profissionais, dos mal e dos bem informados, de todas as influências de notícias e resultados. Sendo assim, o que precisávamos nos concentrar seria nos preços e não nos fundamentos das empresas.


2. Os mercados se movem em tendências.

O segundo princípio de Dow diz que o mercado se movimenta em tendências que são: Primária, secundária e terciária.

As tendências citadas acima podem ser de alta ou de baixa.

A tendência primária é a tendência principal do mercado e representa um maior espaço de tempo. Este tempo é não tem uma definição precisa porque é o mercado quem nos diz o momento da inversão de tendência, e não o contrário.
Apenas para nortear, estamos falando aqui de tendências com duração de anos.

Tendência secundária- Tem duração de semanas a meses e pode se movimentar na direção inversa à tendência primária da qual faz parte em até 2/3 de sua amplitude.

Tendência terciária- São movimentos menores das tendências secundárias e se comportam em relação a elas assim como as secundárias se referem às primárias.

Conforme dito pouco acima, as tendências primárias, secundárias e terciárias podem ser de baixa ou de alta.
As tendências se movimentam em zigue zagues, sendo que na tendência de alta, cada perna ascendente do movimento deve ser maior do que o movimento corretivo de baixa que a segue. Sendo assim o gráfico vai se movimentando fazendo topos e fundos ascendentes.
Na tendência de baixa acontece justamente o contrário. Cada perna de baixa do movimento deve ser maior do que o movimento de alta que a segue, fazendo zigue zagues descendentes no gráfico.
O Gráfico abaixo é do índice bovespa 2007, 2008 representando a mudança de uma tendência de alta para baixa no mercado.



3- As 3 fases da tendência

A primeira fase é a de acumulação. Nesta fase os investidores mais bem informados fazem suas compras se antecipando ao movimento.
Na segunda fase acontecem as compras dos chamados seguidores de tendências que é onde as pessoas que operam principalmente pela análise técnica, observam a formação de uma tendência de alta no gráfico e decidem participar da festa.Nesta fase ocorre uma subida mais acentuada dos preços.
Na terceira fase entra o público em geral incentivado por notícias de lucro fácil na bolsa de valores, é onde ocorre uma euforia generalizada.A bolsa sobe muito e com muito volume.Nesta fase os investidores experientes que entraram mais no início do movimento, começam a desfazer de seu ativos e embolsar o lucro, gerando o início da tendência de baixa.

As fases da tendência de baixa funcionam seguindo a mesma lógica, porém com trajetória inversa, os preços chegam a um patamar que caem tanto a ponto dos experientes voltarem a fazer suas compras, elevando os preços e iniciando nova reversão pra alta.


4. Princípio de confirmação.

O princípio da confirmação afirma que para uma mudança de tendência, dois ou mais índices devem convergir na sinalização de forma que um confirme a indicação do outro.


5. Volume convergente.

Este princípio diz que o volume deve confirmar os preços. Ou seja, reforçando até mesmo o princípio 3, o volume deve estar alinhado com os preços.
Durante uma tendência de alta, o volume deve aumentar quando os preços sobem, e diminuir quando preços caem (corrigem dentro da tendência de alta), confirmando assim a tendência.
Já durante a tendência de baixa, espera-se que ocorra o inverso, com o Volume subindo quando os preços caem e diminuindo quando os preços sobem.

6. A tendência é vigente até que seja substituída por outra oposta.

Até que os índices se confirmem, considera-se que a tendência antiga segue em vigor, apesar dos sinais aparentes de mudança. Este princípio procura evitar a prematura troca de posição (comprada ou vendida).
Geralmente quem tem dificuldade em entender este princípio faz compras e vendas precipitadas, com argumentos do tipo "esta ação já está barata demais", esquecendo-se que quem decide o momento da reversão é o mercado, e não o operador.

Leia também Suportes e resistências

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tipos de gráficos

A principal ferramenta para nos auxiliar no acompanhamento as variações de preços são os gráficos.


Existem basicamente 3 formas mais utilizadas de se representar graficamente as variações de preços das ações na análise técnica.
Abaixo segue a descrição de cada uma delas.



Gráfico de barras


Neste gráfico cada barra vertical é uma representação de preços em um determinado espaço de tempo. A representação completa é feita por umtraço vertical com um traço horizontal esquerdo que representa a abertura dos preços, e um horizontal direito que representa o fechamento dos preços. A extremidade superior da barra representa o valor máximo dos preços naquele período de tempo, e a extremidade inferior representa o valor mínimo.











Gráfico de linhas

No gráfico de linhas ocorre apenas a representação do fechamento dos preços que são ligados dia a dia, unindo as cotações por uam linha única.





Gráfico de candlesticks


Aqui está o meu gráfico preferido. O gráfico de candles ou velas japonesas.

Nestes gráficos o espaço entre a abertura e fechamento é representado por um paralelogramo ou "corpo do candle". Nos dias de alta do mercado ou do ativo representado pelo candle, o seu corpo tem representação transparente. Já nos dias de queda o corpo do candle tem representação escura (preenchido). As linhas mais finas acima e abaixo do corpo do candle são chamadas de sombras e determinam a mínima e a máxima do mercado naquele dia ou período de tempo representado pelo candle.

Neste tipo de gráfico podemos identificar claramente vários padrões de comportamento do mercado. Padrões de reversão de tendências, de continuação etc.

No futuro colocarei nesta sessão diversos artigos e posts sobre padões de candles discutindo o assunto bem mais a fundo.

Segue abaixo exemplo do gráfico de candles. Neste exemplo os dias de queda estão representados pelos candles vermelhos.


Leiam também Suportes e resistências e teoria de DOW


Bons negócios a todos !

domingo, 2 de novembro de 2008

Nova entrevista "Jornal O tempo"






Ganhar na turbulência exige muito estudo, frieza e riscos
Depois de perder R$ 2 milhões, clientes de um gestor já voltaram a aplicar. (Helenice Laguardia)

Ganhar dinheiro na crise pode ser como ingressar numa viagem de "trem fantasma": a gente nunca sabe qual susto vai levar. Tudo é possível, até mesmo sair da escuridão com dividendos. "É permitido ganhar dinheiro sempre, mesmo na crise", apregoa o consultor financeiro Lucas Faria, ao lembrar das turbulências que marcaram governos anteriores.
Na crise moderna, os investidores da renda variável são os mais atingidos.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o mês de outubro com desvalorização de 24,79%. O pregão que já passou dos 70 mil pontos fechou sexta-feira em 49.541. Um pregão para lá de volátil, que requer sangue frio e profundo conhecimento das minúcias do mercado para quem quer se sair bem.
"Não dá para ganhar sempre, mas a gente procura errar o mínimo", arrisca Lucas Faria, que tem uma carteira de cem clientes e administra R$ 55 milhões em ativos. "Tivemos uma perda em Bolsa muito grande, de mais de R$ 2 milhões", contabiliza.Se a dinâmica da economia diz que quando a Bolsa cai, o câmbio sobe, Faria disparou recursos na compra de dólar e euro. "Com os ganhos em câmbio ultrapassamos em 15% os recursos aplicados logo no início do rompimento da bolha, quando a Bolsa estava na casa dos 60 mil." Aliás, sobre a renda variável da Bolsa de Valores, um ensinamento: "Bolsa é um elevador rápido de prédio moderno e muito alto. Ela sobe e desce numa velocidade incrível. Um índice que reajusta mais de 13% num dia é muita coisa."Mesmo assim, os clientes de Lucas Faria já voltaram às compras esta semana. "Foram R$ 4,5 milhões aplicados", conta.

O gerente comercial Fernando César de Carvalho Batista, 34, não migrou da Bolsa para o câmbio. Sabido, com cinco anos de praia no mercado de capitais, armou-se com um escudo certeiro para evitar perdas na carteira concentrada em ações da Petrobras e Vale."Tem um mecanismo que é operar na ponta da venda; são operações de hedge. Quando você está comprado em ações e vendido no índice, é uma operação de hedge usando um minicontrato de índice futuro da Bovespa.
Fiquei vendido a partir de junho", explicou, sobre sua aposta de que a Bolsa ia cair cada vez mais. E ele vai ficar posicionado assim até o gráfico mensal do índice Ibosvespa sinalizar uma reversão da tendência de baixa. Operando por conta própria, Batista tem uma única certeza: "Não troco a Bolsa de Vales pela renda fixa". Ele discute o assunto no blog que mantém no endereço iniciantesnabolsa.blogspot.com.