sábado, 31 de maio de 2008

Fernando Carvalho- Jornal o Tempo

Segue a matéria que teve a minha participação no Jornal "O tempo" de domingo dia 25/05/08



"Em um ano, volume aplicado cresce 70% e participantes, 90%"



O mineiro invade a Bolsa de Valores

Investidores pessoa física aplicaram mês passado cerca de R$ 5,28 bilhões



ZUMOREIRA ESPECIAL PARA O TEMPO
"O primeiro contato do gerente comercial Fernando Carvalho, 34, com o mercado financeiro foi em 2002, quando trabalhava no suporte técnico de um grande banco de investimentos do Rio de Janeiro. A proximidade com os operadores de mercado, na época vistos por ele como verdadeiros "deuses", foi o estímulo necessário para iniciar os estudos sobre o mercado financeiro. "Em março de 2004, comecei a operar com R$ 6.500 provenientes da troca do meu carro, que era um Uninho 95", relembra ele, que hoje conseguiu multiplicar o valor investido "algumas dezenas de vezes".


Carvalho engrossa a lista de mineiros que a cada dia decidem apostar na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para aumentar seus rendimentos. O volume de aplicação de investidores pessoa física de Minas Gerais fechou o mês de abril em R$ 5,28 bilhões, 70% a mais que no mesmo mês do ano passado, quando as operações somavam R$ 3,11 bilhões. O número de investidores também saltou de 17.568 para 34.142, crescimento de mais de 90%. Atualmente, o Estado ocupa a terceira posição no ranking de investidores pessoa física, com 5,76% de participação, atrás de São Paulo (47,81%) e Rio de Janeiro (26,96%).

A partir de 1994, a estabilidade econômica reduziu as margens nas aplicações em poupança e fundos de renda fixa, dando início ao crescimento do mercado de capitais. Em 2000, o governo autorizou o uso de parte do saldo do FGTS em ações da Petrobras. Em 2002, os trabalhadores também puderam aplicar recursos do fundo em papéis da Vale. Até 2007, os rendimentos nessas operações foram, respectivamente, de 1.395,23% e 1.395,13%.

Hoje, Fernando Carvalho dedica parte de seu tempo nas operações e, procurado pelos amigos, decidiu montar um curso de "análise técnica", com foco nos iniciantes de mercado. "Pretendo quebrar alguns paradigmas", avisa ele, que até criou um blog iniciantesnabolsa.blogspot.com, no qual disponibiliza análises semanais e transmite sua experiência de quatro anos de operações.

Segundo ele, é possível estrear na Bovespa com, por exemplo, R$ 1.000. "É bom observar que se você fizer muitas operações no mês, fatalmente a taxa de corretagem comerá todo lucro. Mas começar com pequenas quantias é até certo ponto bom para o iniciante, porque evita que ele coloque em risco grandes somas. "Bolsa é sinônimo de risco, é aplicação de longo prazo e que não dá para ficar rico da noite para o dia". "

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Conceitos Básicos do mercado


Neste tópico pretendo colocar pra vocês os conceitos mais básicos do mercado. Acho que assim vou conseguir ajudar-los até entender melhor os termos utilizados nas análises semanais e nos demais arquivos postados no Blog. Tem alguns termos que dependem de conceitos maiores e tratam de tipos de operações que devem ser explicados mais detalhadamente adiante.

Mas as definições mais básicas podem ser esclarecidas facilmente por aqui.
Caso tenham alguma dúvida, é só deixar o comentário, que eu respondo.
Home Broker -O Home Broker é o instrumento que permite a negociação de ações via Internet. Ele permite que você envie ordens de compra e venda de ações através do site de sua corretora na internet.
Ações - Títulos de renda variável emitidos por sociedades anônimas e que representam a menor fração do capital de empresa emitente.

Pregão - Sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma bolsa de valores, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica.

Volume – “Montante financeiro, expresso em reais, que compreende a soma de todas as negociações ocorridas no pregão para um determinado ativo (ação).”

Liquidez – Disponibilidade que um ativo possui em seu momento atual de mercado, para negociação. Um ativo que possui poucos negócios durante o pregão é considerado de baixa liquidez. Fonte: livro Candlestick Auto:r Carlos Alberto Debastiani”

Trade- Espaço temporal entre a compra de um ativo no mercado financeiro e sua respectiva venda. É o período em que o investidor manteve o pepel.Chamamos uma venda com lucro de trade vencedor e uma venda com prejuízo de trade perdedor. Fonte: livro: Candlestick
Auto:r Carlos Alberto Debastiani”

Ações PN – São as ações que dão direito a dividendos aos acionistas que as possui, o conceito de dividendos segue logo abaixo.
Ações ON – São as ações que dão direito a voto aos acionistas que as possuem.

Dividendos – É uma participação nos resultados da empresa. O Percentual de dividendos a ser distribuído em dinheiro pela empresa é definido em assembléia geral de acordo com os resultados obtidos pela empresa no período.

Subscrição – É o direito de aquisição de um novo lote de ações proporcional à quantidade anteriormente possuída. Leva em conta a estratégia de aumento de capital da empresa.

Bonificações - Quando ocorre aumento de capital de uma sociedade, são distribuídas gratuitamente novas ações aos acionistas, proporcionalmente ao número de ações já possuídas por ele.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Fundo de ações X investimento direto na bolsa

Este é o dilema de muitos que desejam ingressar no mercado de ações e ficam inseguros na hora de escolher entre uma ou outra opção.

Seguem a as características básicas dos fundos de ações e das aplicações diretas via Home Broker.

Fundo de ações:

O Investidor escolhe o fundo no qual ele deseja aplicar por intermédio geralmente de um banco, a partir daí ele fará o investimento por meio de cotas. Sendo assim o investidor terá um número "x" de cotas que irão ganhar ou perder valor de acordo com a variação do mercado. Exemplo: No fundo de ações da Petrobrás, o investidor possui cotas do fundo que aplica seu dinheiro em ações da Petrobrás e sua rentabilidade estará atrelada a rentabilidade destas ações. Fundo de ações setor elétrico, o investidor possui cotas do fundo que aplica seu dinheiro em ações de empresas de energia elétrica e assim por diante, com uma grande variedade de modelos de fundos .Em troca deste trabalho de aplicar por você, o banco cobra taxa de administração e em alguns modelos uma taxa por desempenho como prêmio.


Investimento direto na bolsa de valores:

Desta forma o investidor após cadastrar-se em uma corretora, faz um depósito inicial e negocia ações diretamente na bolsa de valores através do Home Broker durante o pregão eletrônico. Aqui ao invés de ter cotas de um fundo de ações da Petrobrás por exemplo, o investidor compra e vende diretamente as ações da empresa. Para isto ele paga para a corretora um valor de corretagem em cada operação de compra ou venda executada.

Vantagens e desvantagens:

A única vantagem que vejo quando qualquer pessoa aplica num fundo de ações, é que desta forma ela inicia uma experiência de ficar exposta às oscilações do mercado de renda variável, se preparando para investir diretamente. O que vejo na maioria das pessoas que iniciam um investimento em fundos de ações é a vontade de conseguir rentabilidades maiores que as da renda fixa, e a expectativa de que por trás do fundo de ações existe expert que não deixará que elas percam dinheiro no mercado.Quando na verdade, a grande maioria dos fundos não oferece nenhuma segurança a mais do que ficar comprado diretamente em ações.

Já operando diretamente na bolsa, o maior aliado ou inimigo do investidor é ele próprio, tendo ele que escolher apenas em que lado deseja ficar. Caso escolha fazer operações baseadas em análises bem fundamentadas, com um bom manejo de risco x retorno, operações de proteção e Hedge ele tem tudo pra conseguir rentabilidades melhores que as da maioria dos fundos, principalmente nos momentos de queda do mercado.
Já no caso de investidores impulsivos que encaram a bolsa de valores como casinos ou loterias, aí sim a opção de operar diretamente não é a melhor escolha.

Minha opinião muito particular sobre este assunto é a seguinte:
Quando juntamos dinheiro pra comprar o nosso primeiro carro, o que fazemos logo em seguida? Tratamos de passar por todas as etapas para conseguir nossa habilitação como motoristas, ou contratamos um motorista particular?
A grande maioria de nós escolhe a primeira opção.
Porque então quando se trata de investir nosso dinheiro, ficamos na dúvida entre nos habilitar para dirigir nossas aplicações ou contratar pessoas pra fazer isto por nós?
Porque acreditar que existe uma pessoa melhor pra cuidar do nosso dinheiro do que nós mesmos?
Pra mim, a resposta pra esta pergunta está na simples questão cultural, mas que de forma bastante positiva, está nitidamente sendo mudada dias após dia.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Afinal, o que é grau de investimento


Pessoal, copiei da Wikipédia uma explicação bem detalhada com relação ao grau de investimento concedido ao Brasil pela agência Standard & Poor's.
O Importante nisto é saber que a classificação de grau de investimento, libera o Brasil para ser destino de aplicações de fundos estrangeiros, que não tinham autorização para investir aqui. Parte deste dinheiro entra na renda fixa e outra parte, pode ser aplicada diretamente nas empresas brasileiras, através da bolsa de valores e com certeza beneficiando o mercado brasileiro.
Vale salientar também que apenas uma das agências elevou a classificação do Brasil e por isso demos apenas o primeiro passo, mas olhando por outro ângulo, podemos concluir que ainda temos muito que nos beneficiar.
As análises da ações que faço aqui no Blog tendem a utilizar apenas a análise técnica como referência, no entanto, no meio de tanta repercussão a respeito do assunto "grau de investimento", deixo aqui o artigo:

"O grau de investimento é uma classificação dada a um país a partir de uma avaliação concedida pelas principais agências de notas de crédito, como a Fitch Ratings, a Moody's e a Standart & Poor's. Grosso modo, um país com grau de investimento teria mais chances de honrar seus compromissos financeiros do que outro que não tenha grau de investimento. Vários fatores são levados em conta pelas agências na avaliação dos países, como as reservas internacionais, a divida governamental, a liberdade de imprensa e a distribuição de renda.

As agências de notas de crédito, também conhecidas como agências de rating, classificam todos os países do mundo em dois grandes grupos: os que possuem grau especulativo e os que possuem grau de investimento.
Dentro de cada um desses dois grandes grupos, são atribuídas notas. Nas agências Fitch e Standard & Poor's, a nota mais baixa de todas é a nota D, que está situada, obviamente, no grupo especulativo. Em seguida, em ordem crescente, as notas são C, CC, CCC-, CCC, CCC+, B-, B, B+, BB-, BB e BB+. A nota mais baixa do grau de investimento é a nota BBB-, seguida de BBB, BBB+, A-, A, A+, AA-, AA, AA+ e AAA.
Na Moody's, a nota mais baixa de todas é a C, seguida de Caa, B, Ba, Baa, A, Aa e Aaa.

O Brasil foi considerado investment grade no dia 30 de abril de 2008 pela agência de avaliação Standard & Poor's[1]. O país estava situado na categoria de países com grau especulativo e sua nota era BB+. Eram 15:47h de quarta-feira, 30 de abril de 2008, quando a Standard & Poor's anunciou que a nota do Brasil passara de BB+ para BBB-, ou seja, saía da nota máxima do grau especulativo para a nota mínima do grau de investimento.
O anúncio fez a Bolsa de valores de São Paulo bater um recorde. O pregão do dia fechou com alta de 6,33%, número que não era visto desde outubro de 2002. O anúncio da Standard & Poor's, embora já esperado pela maioria dos analistas, pegou o mercado de surpresa. Esperava-se que a Moody's, e não a Standard & Poor's, fosse a primeira agência a fazer o anúncio, e muitos pensavam que ele só viria em 2009.
Alguns analistas disseram que as agências Fitch e Moody's devem conceder o mesmo status ao país no decorrer do ano, confirmando a classificação dada pela Standard & Poor's".

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Quebrando paradigmas

Na maioria das vezes em que converso a respeito de investimento na bolsa de valores com amigos ou qualquer pessoa que desconheça o mercado de ações, vejo um texto que parece ter sido ensaiado entre eles, acerca dos motivos pelo qual ainda preferem investimentos mais conservadores, como renda fixa ou caderneta de poupança em detrimento a operações diretas com ações.
Abaixo enumerei alguns destes paradigmas que precisam ser quebrados para que você inicie sua caminhada rumo a investimentos mais rentáveis.

1.Tenho pouco dinheiro.

Existem operações na bolsa para todos os gostos e todos os bolsos. Muitos me perguntam se podem iniciar suas operações com apenas R$ 1.000,00. A resposta é: Com certeza podem. Neste caso o que se deve observar é que se você fizer muitas operações durante o mês, fatalmente a taxa de corretagem comerá todo seu lucro. Mas começar com pequenas quantias é até certo ponto bom para o operador iniciante pois isto evita que ele coloque em risco, grandes somas num primeiro momento.

2. Não tenho tempo para acompanhar o mercado.

Da mesma maneira que coloquei em relação a quantidade de dinheiro disponível, o tipo de operação escolhida é que vai definir o tempo que você precisará se dedicar ao mercado. Hoje consigo conciliar tranquilamente meu emprego com minhas operações, pois elas são praticamente mensais, com algum ajuste semanal, e nem por isso são menos lucrativas do que as de quem fica o pregão inteiro colado na tela do computador. Sem falar que acompanhar o pregão inteiro é extremamente estressante. No entanto pra quem tem tempo e interesse por operações curtas, pode ser interessante.

3. Investir em ações é muito arriscado.

Tudo que fazemos sem ter o devido domínio é bastante arriscado e amedrontador. Por isso vejo que as pessoas que não entendem os mecanismos de funcionamento do mercado tem tanto medo de investir em ações. A única referência que estas pessoas tem são as noticias do jornal, informando que a bolsa subiu ou caiu, às vezes em um dia, muito mais do que sua caderneta de poupança é capaz de render em 1 mês inteiro. Saibam que a internet hoje em dia propicia uma segurança muito grande nas operações. Além disto, quando você dominar o assunto, irá ver que existem operações de proteção nas quedas (utilizando venda de opções por exemplo), que dão um ótimo retorno e diminuem bastante o risco da exposição ao mercado.

Leia também o artigo Como tudo começou

domingo, 11 de maio de 2008

Como tudo começou

Esta história de bolsa de valores começou quando saí de Belo Horizonte como analista de sistemas, e ao convite do meu primo que mora no Rio de Janeiro, fui morar naquela cidade e trabalhar na área de suporte técnico de um grande banco de investimentos.

O ano era 2002. Após sempre dizer que nunca sairia de BH pra trabalhar em outra cidade, lá estava eu ,tentando caminhar na minha profissão, melhorando meus conhecimentos e também o meu curriculum.

Com apenas 3 meses de trabalho descobri duas coisas por lá.

Primeira: Por mais bonita que fosse a cidade do Rio de Janeiro, não ia conseguir continuar longe de BH por muito tempo.

Segunda: Estava trabalhando no andar errado. Digo isso pois no andar onde eu trabalhava, ficavam basicamente funcionários das áreas de serviços, como suporte técnico, administrativos e infra estrutura do banco.Já no andar de cima, ficavam os funcionários da área comercial, bem como os "astros" da empresa. "Os operadores de mercado".

Desta forma aprendi rapidamente que se alguém da mesa de operações berrasse, eu deveria estar ao seu lado resolvendo qualquer problema do seu sistema num piscar de olhos.

Descobri também que apesar de toda minha correria, no fim do mês o contra cheque deles era pelo menos umas vinte vezes mais gordo que o meu.

E assim tudo começou. Nesta época comecei a procurar na internet tudo que era possível a respeito de mercado de ações, análise técnica, fundamentalista e tudo que pudesse me esclarecer porque aqueles operadores eram tratados quase como Deuses.

No ano seguinte, já havia descoberto alguma coisa a respeito de mercado financeiro e também já procurava uma forma de voltar pra BH, pois não aguentava mais correr de um lado pra outro atendendo todas aquelas solicitações urgentes.

Minha providência ao procurar emprego na volta para BH, foi a de mudar para a área comercial, já que eu tinha muita facilidade de me comunicar e conseguir as coisas que eu queria. Assim, uma coisa era certa: minha motivação para trabalhar na área técnica havia terminado.

Consegui o tal emprego no inicio de 2004 e mesmo alternando as empresas, continuo na área comercial de softwares até hoje, só que desta feita, trabalhando como gerente.

Durante este período a figura dos "Semi Deuses" da mesa de operações continuou em minha mente, fazendo com que eu me aprofundasse em meus estudos sobre mercado financeiro, fazendo de 2004 a 2006, cursos com alguns dos analistas mais renomados do país, além de colecionar uma vasta biblioteca sobre o assunto.

Não adiantaria nada se tudo ficasse apenas na teoria. Então em março de 2004 comecei a operar com R$ 6.500,00 provenientes da troca do meu carro que era um Uninho 95.

Após ter feito muitas bobagens, perder algum dinheiro, perder noites de sono e em muitos momentos a tranquilidade, me considero hoje, após 5 anos daquelas primeiras leituras sobre o assunto, um "operador de mercado".

Apesar de hoje saber que os operadores de mercado estão longe de ser aqueles "astros" que eu imaginava quando não entendia nada sobre o assunto, depois destes anos de operações, já não ando mais naquele uno 95 e consegui multiplicar os R$ 6500 algumas dezenas de vezes.

É por isso que em janeiro de 2008, decidi montar o curso para "iniciantesnabolsa", com foco principal nos iniciantes de mercado e pequenos investidores, que como eu na época em que comecei a operar, tinha pouco capital e pouco recurso para pagar os altos preços que são cobrados pela maioria dos instrutores e organizações de ensino formal sobre o assunto.

Espero que se identifiquem com minha história e iniciem o primeiro passo na organização da independência financeira ou aposentadoria planejada, através dos investimentos no mercado de ações.

Leiam também o artigo Como iniciar